domingo, 26 de outubro de 2014

Amanhã é outro dia

Sim, amanhã é outro dia. Renascem as esperanças, renascem as alegrias, renascem as buscas pelo melhor. Amanhã é outro dia, aqui e em todo lugar. Um novo dia. Mas o amor ficará aqui para sempre, na força das palavras, que serão ditas, que serão sentidas, que estarão entre a sintonia, desse amor e do tempo. As palavras têm esse poder de eternizar e deixar para sempre aquilo que não se quer esquecer, que não se pensa em deixar. E essas palavras serão sempre e terão o intuito desse permanecer, de manter o amor. 

Porque o amor, o sentimento, a paixão, o melhor sempre é o que deve ficar. O poeta nasceu com a exigência de trazer na alma todo o traduzir daqueles que nunca se perdem. E ele faz isso com as palavras, essa mágica de deixar registrado. Mas como nem sempre toda poesia é amor fácil, toda poesia é amor simplificado. Muitas das poesias são de saudade, são de falta, são de dor. E o poeta é aquele que nunca poderá desistir do amor. Para ele o amanhã nasce novo, mas o amor é o que nele permaneceu permeado dos sabores de ontem. 




Sabemos que no amanhã se inicia tudo. No amanhã tudo renasce. Poderá também, da mesma forma, para o poeta que se perde entre a sua sintonia, o amor e o tempo, amanhecer outro dia. Mas ainda na aurora, nos primeiros raios que chegam, ele vai trazer a lembrança do amor que permanece. E cabe a ele transformar esse amor no que melhor ele puder: lembrança, saudade, lágrima, estrofe, verso ou sentido de realidade. 

Amanhã é outro dia, assim sempre será. Para o poeta também será. E o seu coração se vê assim, a cada dia, indefeso desse renascer, porque o mínimo que ele poderá fazer é transformar o amanhã dali de dentro dele. Porque o poeta sempre sabe qual a melhor forma de transformar o amor. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário